Projeto de pesquisa
A família por muito tempo foi mantida afastada do tratamento oferecido ao individuo em sofrimento psíquico, pois tinha se o entendimento de que ela poderia dificultar o processo de cura (Camatta & Schneider, 2009). A família passou a compor novamente o cenário da assistência à saúde mental nas décadas de 50 e 60 a partir da proposta de desinstitucionalização que tinha como principal característica a critica ao saber da psiquiatria a qual objetivava a recuperação dos direitos dos cidadãos com transtornos mentais. Já no Brasil a participação da família no tratamento do individuo em sofrimento psíquico é garantida pelas novas legislações do ministério da saúde que se referem ao campo da saúde mental. Portanto de acordo com as políticas de saúde mental vigentes as terapêuticas utilizadas para a reabilitação psicossocial dessas pessoas, não podem desfazer os laços delas com os familiares e o seu meio social (Camatta & Schneider, 2009). A equipe deveria também assistir às famílias dos usuários do serviço.
Mas é necessário ressaltar que à relação entre a família e os profissionais da saúde mental foi historicamente construída tendo como base o distanciamento. Mas com a implementação de um modelo psicossocial que se baseia na relação de respeito, solidariedade e cidadania, procura-se acabar com essa ruptura entre família e profissionais (Camatta & Schneider, 2009). Fica então evidente a preocupação das legislações da saúde metal não só com o usuário do serviço, mas também com a sua família.
Levando a equipe a considerar esse aspecto no âmbito do seu trabalho. Tendo em vista que à adoção do modelo psicossocial vem desencadeando uma série de mudanças e crises no campo da saúde mental. Fica evidente a necessidade de se conhecer qual o entendimento que os profissionais de saúde mental de um CAPS II têm sobre a importância da família no processo de reabilitação psicossocial do usuário desse serviço e que