Projeto de pesquisa
De acordo com Adib Jatene, ex-secretário de saúde do estado de São Paulo e Ministro da Saúde por duas vezes- durante o governo Collor e no primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, os profissionais de saúde não moram onde vive a população que precisa do atendimento deles, enfatizando:
“Por quê? porque tivemos um desenvolvimento urbano equivocado, e então não existe diversificação profissional e social, principalmente na periferia das grandes áreas metropolitanas. É por isso que uma cidade do interior é muito melhor que a periferia das grandes cidades, pois lá existe diversificação profissional e social”. (JATENE, Adib, 2005, Edição 68)
Já o senador Osmar Dias (PDT-PR) denunciou por volta de Dezembro de 2005 no Congresso que “a arrecadação cresce, mas o governo investe cada vez menos”, destacando que “se o governo não investe em saúde, em educação, não estará cumprindo sua função social e deve ser desapropriado”. Ele explica que a culpa da saúde pública ter um atendimento precário é o governo, e que se ele não resolve esse problema deveria ser extinto.
O fato é que a saúde pública necessita de reparos, independente de quem seja a culpa. Ela precisa de melhoras e humanização no atendimento, capacidade para suportar a demanda e leitos suficientes para os doentes. O setor de maternidades é muito prejudicado, pois a taxa de mortalidade infantil no Brasil é de 21,17 mortes para 1000 nascimentos (esta entrada dá o número de mortes de crianças menores de 01 ano de idade) e a taxa de mortalidade materna, que é o número anual de mortes por 100.000 nascidos