Projeto de pesquisa

História
1 º período
Introdução à História
Referência: Comte/ a filosofia positiva e o Estado da sociedade. P.88-103.

Augusto Comte nasceu Montepellier, filho de um cobrador geral de impostos monárquico e católico. Em 1817, tornou-se secretário de Saint-Simon, Comte que já se familiarizava com a obra de Montesquieu e de Condocert, depressa aprendeu as ideias de Saint-Simon e absorveu rapidamente a sua visão progressiva da história e o seu projeto de reorganização da sociedade sob a direção de uma escola de cientistas, artistas e empresários. Em 1830 apareceu o primeiro volume da sua obra principal, o curso de filosofia positiva.
Arrogante e dogmático, e com uma disposição de espírito pouco generosa, Comte não era uma figura atraente, e as suas enormes obras, cheias de repetições, tornam-se hoje bem penosas de ler. Ele associou uma teoria progressiva da história a um interesse prático pelos problemas de organização social e política, e acalentou o ideal de aplicar o método científico ao estudo da sociedade de uma maneira ainda mais radical e incondicional do que a deles. O positivismo, no sentido cotidiano, restringe o domínio do conhecimento aos fenômenos e às relações entre fenômenos, não podemos conhecer o que está para além da experiência, e as reivindicações metafísicas quanto ao conhecimento de inobserváveis essências reais e de causas finais são pretensões sem qualquer garantia.
A aplicação de tais métodos aos fenômenos históricos e sociais constituía o programa daquilo a que Comte chamou “física social”. É nela que segundo Comte, culmina o movimento histórico constituído pelo sucessivo aparecimento da matemática, da astronomia, da física, da química e da biologia como “ciências positivas”. A famosa “lei dos três estados”, que Comte considerou uma descoberta de importância primacial, descreve o espírito humano em função da sua passagem por três estados – “Teológico”, “Metafísico” e “Científico”.Para explicar convenientemente a verdadeira natureza e o