PROJETO DE EDUCAÇÃO
Artigo publicado na Revista Unijovem da Jumoc- Juventude Batista Brasileira em Junho de 2005.
3- Fundamentos bíblicos para uma participação social ativa
A Bíblia fala tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, de retidão e justiça social. Deus exige justiça e retidão dos homens em suas relações sociais. Um grande exemplo disso são os profetas do antigo Testamento que dirigiram suas mensagens tanto a reis quanto a súditos, com mensagens de justiça social e de juízo. A visão do Novo Testamento era um pouco diferente e diferentemente do sistema teocrático que dominava o Antigo Testamento, no novo há um respeito a ordem política que era aceita como providência divina (Rom 13.1-5; I Pe 2.13-14; Mc 12.17). Os cristãos tinham dois motivos para uma participação social ineficiente nos primeiros séculos. A primeira, por serem um minoria, constantemente perseguida e a segunda porque esperavam que o mundo fosse acabar logo e havia uma esperança escatológica iminente. Apesar desta visão, Jesus Cristo por diversas vezes demonstra o seu compromisso de justiça social, com o ser humano.
Jesus Cristo tinha uma preocupação integral com os homens e isto podia ser percebido nos quatros evangelhos, através de diversos eventos. A alimentação do povo através da multiplicação dos pães (Mc 6.30-34; Mc 8.1-10); a participação efetiva de diversas mulheres no seu ministério, que eram deixas a parte da sociedade machista judaica (Mt 15.21-28, Mc 5.24-34, Mc 12.41-44, Jo 20.11-18, Lc 7.36-50, Lc 8.1-3, Lc 10.38-42); a amizade de Jesus com os gentios e pecadores (Mt 9.9; Lc 7.1-10, Lc 15.1-2, Lc 19.1-10, Jo 3.1-15); a refeição com os pecadores (Lc 5.29-32); A questão dos samaritanos (Lc 10.25-37); O Sermão da Justiça Social, o Sermão do Monte (Mt 5-7); A opção pelos pobres e oprimidos que ficou bem expressa na escolha dos discípulos galileus e de profissões simples; A retirada dos cambistas do Templo (Lc 9.45-46); e diversos outros eventos