Professor 69 x 09
ESTUDOS SEMÂNTICOS E PRAGMÁTICOS
ISRAEL CALEBE DORNELES
Se algum professor de 69 resolve-se enquadrar o professor de 2009 conforme seu papel na sociedade, diria que são Ad libitum. Podem, ou não, assumir seu papel na sociedade. Isso porque fica ao mero arbítrio do professor enveredar-se, nesta dicotomia cânone, para ética ou ficar no ritualístico quadro e giz.
De 1969 pra cá, a maior e melhor mudança foi sem duvidas o avanço da tecnologia. Instrumento esse que deixaria qualquer professor de 69 enrubescido. Frente ao @, Windows, softwares, hardwares os professore não teriam a menor chance. Mas isso não deixou que suas aulas não tivessem sucesso. Apesar de não possuírem toda tecnologia ataviada que possuímos hoje, e de contar muitas vezes somente com giz e lousa, os professores de 1969 conquistaram seu espaço com ética, e muito trabalho.
Num panorama que não permitia a liberdade de expressão, do pensamento, onde a ditadura marginalizava, castrava tudo que fugisse ao ideal de “hierarquia e disciplina” bases para uma nação forte pregada pelos militares, os professores de 69 fizeram a diferença. Professores, atores, cantores, poetas toda a massa dita “intelectual” ia para ruas, não para baderna, não somente para resistência política, mas num ato de resistência moral. Queriam romper com a estrutura repressiva.
Atitude, pioneirismo, a utopia do ser professor, acreditar na profissão, na mudança. Professores de escolas públicas estão cada vez mais acanhados, martirizados pelos seus salários, vivem numa apatia subversiva. Quando decidem lutar por algo, buscam cifras ordinárias, que pensam legitimar sua falta de instrução, criação e atualização. Professores universitários e de escolas publicas conhecem seu papel na sociedade estão cientes do seu valor, mas vivem em uma espécie de casamento burguês que cala sua boca, diante das mazelas acadêmicas, assim não enveredam pelo corporativismo revolucionário, preferem o