Produção de texto

Prisioneiro.

Tenho mofado em minha cela de hospício em um presídio imundo por 18 anos, hoje escrevo essa carta porque sinto que meu corpo está sumindo, e sinto necessidade de confessar meus pecados, e também alertar sobre os perigos sobrenaturais que são ignorados por todos, todos os dias. Ainda mais hoje em dia com as pessoas que não tem tempo nem para enxergar o que está ao seu redor, ou até mesmo olhar o céu.
Mas vamos aos fatos da minha vida. O ano era de 1996, eu era jovem, tinha 26 anos, trabalhador, honesto. Era morador de uma cidadezinha miserável no sul do país.
Estava frio quando eu acordei de madrugada, sentindo uma sensação estranha, como se tivesse alguém me observando. Liguei a luz que ficava ao lado de minha cama, olhei em volta e nada, tudo parecia normal, mas o sentimento estranho continuava, tentei lembrar se estava tendo um pesadelo, mas tinha certeza que não, apaguei a luz e voltei a dormir.
As noites seguiam e o mesmo acontecia, eu acordava e a sensação de que havia alguém comigo ficava cada vez mais forte, eu comentei com minha mãe o que estava acontecendo.
''Isso é sua imaginação'' dizia ela.
Depois de algum tempo eu já tinha me acostumado e nem me importava mais, eu acordava no meio da noite e voltava a dormir sem me preocupar. Foi onde eu errei, ignorei o que não poderia ser ignorado!
Meus amigos e familiares começaram a reclamar do meu comportamento, diziam que eu andava nervoso, violento e sempre pronto para atirar palavras ruins contra eles. Eu sempre dizia que era culpa de não estar dormindo muito bem, que estava me tirando do sério aquilo. Mas aquilo começou a piorar, então houve a primeira ocasião que eu tinha certeza que aquilo não era só impressão minha, e que realmente tinha algo ou alguém comigo as noites.
Abri meus olhos, mas não podia me mover, tentei de todas as formas levantar, gritar, mas meu corpo não obedecia meus comandos.Foi então que eu olhei com terror para um canto e vi o que parecia ser uma pessoa,não desse