Produzir LED no Brasil
Brasil Econômico, Paulo Henrique de Noronha - 6/9/2013
Inovação tecnológica é a chave para a indústria brasileira ser competitiva no mercado internacional e enfrentar a concorrência chinesa. Esse é um dos mantras do professor e pós-doutorando em Física João Alziro Herz da Jornada, presidente do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Com uma equipe de 288 mestrandos e 218 PhDs, Jornada lidera o Inmetro num esforço para apoiar três setores da indústria —automotivo, têxtil e de iluminação a LED - na corrida para tornar suas linha de produção mais competitivas.“ Com o dólar valorizado, é uma questão de tempo para a indústria como um todo reagir”, prevê Jornada, destacando o enorme potencial do LED. “Temos uma excelente possibilidade de sermos competitivos em nível mundial, sem contar que o mercado interno já é enorme. Como dólar a R$ 2,40, não vejo por que não temos condições de garantir pelo menos o mercado da América do Sul”, assegura.
O Inmetro ainda é pouco conhecido entre os brasileiros. O que ele faz exatamente?
Nós estamos no negócio da confiança, confiança em cima de aspectos técnicos que são a base para a sociedade moderna funcionar. A metrologia diz quais medidas e pesos são corretos. Também trabalhamos com padrões de medição adequados, para controlar processos e a qualidade dos produtos. Isso é extremamente importante para a indústria. Por exemplo, quando você exporta uma junta homocinética para o Japão, aquela peça tem tolerância em seu tamanho de 5 milésimos de milímetros, menor do que um fio de cabelo. Se não estiver no tamanho, não encaixa no veículo. Outro ponto da confiança é a característica dos produtos. Hoje o Inmetro já pensa em certificar a caneta esferográfica, porque o consumidor precisa saber quantos metros ela irá escrever até acabar a tinta. Brinquedo, por exemplo, tem questões sérias de saúde e segurança. É preciso saber se é