Processos de cadastração

AS TRÊS FORMAS DE NEGAÇÃO À CASTRAÇÃO

São três defesas que a criança cria ao início da estruturação da linguagem, são elas: O Recalque como mecanismo de subjetivação neurótica, o Desmentido como subjetivação perversa e a Foraclusão como sendo o mecanismo de subjetivação psicótica.
Cada indivíduo estará sujeito às três formas de negação, no entanto, poderá ocorrer o desenvolvimento ou não destes esquemas, ou seja, haverá um começo, poderá progredir ou não tais esquemas subjetivos. Estas possibilidades de desenvolvimento estão coligadas às situações traumáticas nos quais este indivíduo poderá vivenciar, tendo que confrontar com a realidade das diferenças de geração (comparação de si com seus progenitores) e as diferenças de sexo (a existência ou não do pênis na figura materna). Portanto, o Complexo de Édipo está diretamente ligado com tais esquemas subjetivos apresentados.
Portanto, o complexo de Édipo está além do sentimento de posse criando pela criança em relação a sua mãe. A falta do objeto desejado é o cerne principal da incidência da linguagem no real, ou seja, fator principal de correlação simbólica dos fatores imaginários relacionados com suas experiências reais. Estas estruturações psíquicas – a linguagem, os traumas vivenciados ao longo de sua formação e as manifestações destas alusões a posteriori são os fatores diferenciais do homem, são estas construções cognitivas nas quais Freud postulou como sendo as bases que distingue o homem perante toda natureza.
A criança, ao se deparar com a falta do pênis em sua mãe - seu objeto de desejo – se desestrutura psiquicamente, se deparando com duas alternativas: A possível castração de sua mãe ou a possibilidade de sua própria castração. Este dilema conflitual reflete no sujeito duas possibilidades: deixar sua mãe em falta do processo auto erótico ou se tornar objeto de completude materna. Este processo é altamente traumático, visto que faz com que a criança perceba a necessidade de escolha entre estas duas