processo de estruturação do senhorial e da feudalidade no ocidente medieval

1628 palavras 7 páginas
A literatura medieval descreve o camponês do século V e VI de uma forma idealizada e bucólica. O coloca como indivíduos passivos que aceitavam tudo o que lhes eram imposto pelo seu senhor a quem devia grande respeito. Contudo é de extrema importância salientarmos que os camponeses apesar de viverem subordinados aos seus senhores tinham astúcia suficiente para negociar determinadas situações, vez que eles trabalhavam diretamente com o cultivo da lavoura e o atraso na colheita, por exemplo, poderia arruinar com a fortuna do senhor feudal. Portanto mantinham sua organização e sabiam também como coagir caso fosse necessário. O trecho abaixo deixa bem claro o quanto o cultivo da terra era importante.

“[...] A alta idade média Ocidental é a ruralização da economia e da sociedade. A terra torna-se fonte essencial de subsistência, de riqueza, de poder [...]” (Le Goff, pág.123). O dominus eclesiástico se torna a partir no século V, um grande possuidor de terras, contudo esse fato pouco aparece na literatura da época.
A Igreja assume um papel preponderante nesse período. As escrituras, tais como a poesia, feitas pelos eruditos da Igreja, descrevem o campo, a natureza, a fartura e atribuem a isso a nenhuma intervenção humana, tudo é colocado como feito por Deus. O Bispo assume de acordo com Le Goff a “metáfora do pastor gregis”. A visão de trabalho não é bem vista na Alta Idade Média, como poderemos observar na seguinte passagem do texto.

“[...] A ideologia da Alta Idade Média não é favorável ao trabalho e, sobretudo, a esse trabalho humilde destinado a garantir a simples subsistência a que reduz o essencial labor humano, neste alvorecer de onde emerge dificilmente a sociedade medieval [...]” (Le Goff, Pág.124).

Contudo, a penúria leva atribuir um certo valor,mesmo que pequeno às melhorias promovidas por meio do trabalho.Pensava sobre essas atitudes de desprezo para com o labor uma mentalidade advinda de um

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