Problematização da Globalização
O empecilho para a formação da identidade: A globalização
A sociedade contemporânea, vivendo no apogeu da globalização, sofre das piores consequências provocadas por esta faceta do capitalismo selvagem, das quais se destaca a perda da identidade humana. Isso demonstra a fragilidade de um processo que, ao invés de ajudar o mundo atual, traz uma série de malefícios além de torna-lo um celeiro de iguais, onde o indivíduo, sem perceber, se adequa a essa situação.
Essa face da globalização é pouco conhecida, já que ela é geralmente defendida a pretexto de encurtar as divisões materiais e culturais dos países. Contudo, já dizia Milton Santos, que aquele processo mais tem de catastrófico que benéfico. E, falando da individualidade perdida das pessoas ou até de um povo, certamente o grande geógrafo tem razão; basta olhar a preponderância da cultura norte-americana sobre os outros países. Nesse contexto encontram-se indivíduos alienados e sob controle da poderosa mídia, a qual dita as regras do mundo atual, produzindo uma manda de fantoches – o que é perceptível ao olhar para o ideário consumista tão em voga no mundo contemporâneo-.
Esse quadro caótico traz consequências desastrosas, as quais tem seus efeitos intensificados a medida que as pessoas se distanciam de si. Uma das mais devastadoras, sem dúvida, seria a apolitização do indivíduo; as quais traz reflexos nas mais diversas áreas, que vão da má formação dos representantes municipais à educação ou IDH do país. Felizmente o povo acordou e vem mostrando desde a primavera árabe aos protestos brasileiros o quanto é difícil, mas não impossível encontrar-se e agir no mundo atual, onde impera o comodismo provocado pelas redes de telecomunicações, principalmente a internet, advindos da aldeia global.
Nesse contexto encontra-se, portanto, grandes empecilhos à construção da identidade do indivíduo. Entretanto, estes não seriam intransponíveis se o Estado intervisse, e,