Privacidade dos pacientes – uma questão ética para a gerência do cuidado em enfermagem
Durante uma internação hospitalar é muito importante que a equipe de enfermagem tenha tratamento mais íntimo e privado para melhores resultados no tratamento do paciente.
Uma pesquisa realizada em Porto Alegre estabeleceu que o tratamento do paciente sofre influência da boa ou má adequação dos profissionais de enfermagem. Quando o tratamento invade a esfera privada do paciente, tende a ser mais demorado e menos eficiente do que no tratamento individual e íntimo.
A estrutura hospitalar acrescenta pesares ao tratamento do enfermeiro para com o paciente, pois as enfermarias contam com muitos doentes que geralmente assistem e escutam o atendimento a outros, em face da falta de divisórias ou biombos personalizando o atendimento. Este aspecto faz com que o atendimento ao paciente se torne mais restrito.
A ética e a alegria fazem com que o paciente se sinta mais livre em relação à doença, fazendo com que o tratamento seja mais eficaz, ao contrário do que ocorre nas grandes enfermarias.
Durante minhas vivências em hospitais em atendimento médico à família pude perceber a realidade do texto abordado na pesquisa. Quando o quarto do paciente era individual, era possível notar que o tratamento era mais íntimo e privativo, o que deixava mais rápida a recuperação do paciente. Quando o tratamento ao paciente era realizado em quarto compartilhado, o paciente ficava mais tímido, tendia a omitir detalhes importantes para sua boa recuperação.
Portanto, é de fundamental importância a preparação da equipe de enfermagem para um acolhimento de sucesso, onde o paciente adere melhor a seu tratamento e tende a se recuperar com maior rapidez e eficácia. A equipe de enfermagem deve, aos poucos, dar a liberdade ao paciente, fazendo com que gradativamente recupere sua integridade pessoal, obtendo um maior êxito no tratamento.