Princípios do Armazenamento de Sementes
Notas de aula
Responsável – Profª. Maria Cristina de Figueiredo e Albuquerque
INTRODUÇÃO
Após as operações de secagem e de beneficiamento, as sementes são destinadas ao armazenamento, onde permanecem até a ocasião apropriada para a comercialização ou utilização para a semeadura. O armazenamento pode trazer grandes vantagens porque na época de colheita, quando a oferta é superior à procura, o agricultor pode se ver obrigado a comercializar imediatamente o seu produto, recebendo por ele um preço pouco compensador. Porém se efetuar um armazenamento adequado, poderá aguardar até o momento em que a procura atinja um nível tal que possibilite a comercialização com maiores lucros.
Quando o produto é destinado à semeadura, deve-se salientar que o seu armazenamento é praticamente obrigatório, pois para a maioria das culturas propagadas por sementes, a época de colheita dificilmente coincide com a época mais adequada de semeadura. Assim, a colheita de sementes de milho, arroz, soja, feijão e outras, predomina nos meses de março a maio, ao passo que essas mesmas culturas geralmente são instaladas em outubro e novembro. As sementes devem ser colhidas, secadas, beneficiadas e, posteriormente, armazenadas sob condições tais que possibilitem a conservação das boas qualidades ou, pelo menos, que a queda de qualidade não seja acentuada até o momento de sua utilização. O armazenamento sob condições desfavoráveis implica na desvalorização, pois a utilização de sementes deterioradas acarreta baixa percentagem de emergência no campo, comprometendo o padrão da cultura. No planejamento para o armazenamento de sementes consideram-se o histórico dos lotes, as características da espécie, as condições ambientais e o período de tempo que os lotes deverão permanecer nos depósitos. A preservação da qualidade das sementes é um fator vital, desde a colheita até o plantio subseqüente ou mesmo durante vários anos. A