O Primeiro Reinado (1822-31) Interpretações da Independência Versão tradicional: independência foi feita exclusivamente pela elite agrária que apoiou a ascensão de D. Pedro I ao trono. Historiografia recente: o processo de independência contou com a participação popular (Bahia e Piauí – 1823), inclusive de escravos que apresentaram algumas reivindicações. Significado da independência: emancipação tratou-se, única e exclusivamente, de um processo de ruptura política que estabeleceu a soberania do Estado brasileiro em relação a Portugal, logo, não houve uma mudança na estrutura econômica, política e social interna. Economia: foi mantido um modelo agroexportador, baseado no latifúndio e no trabalho escravo. Política: o poder político concentrou-se na figura do imperador apoiado pela maioria da aristocracia agrária, sendo o Brasil a única monarquia na América. Sociedade: continuou hierarquizada, patriarcal, baseada nas desigualdades econômicas e com a manutenção do preconceito racial. Relações internacionais: o reconhecimento da independência do Brasil envolveu interesses econômicos, políticos e estratégicos. Estados Unidos (1824): sustentado pela Doutrina Monroe, que tinha como lema “a América para os americanos”, foi o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil. Portugal (1825): reconhece a independência mediante uma indenização de 2 milhões de libras, além disso, fez a exigência de que o Brasil não estabelecesse profundas relações comerciais e políticas com as colônias portuguesas na África e, por último, dever-se-ia enfatizar que a independência havia sido um presente da casa de Bragança. Inglaterra (1826): aceita a independência do Brasil mediante a renovação do Tratado de Comércio e Navegação por mais quinze anos e de um acordo que estabelecia o fim do tráfico de escravos em 1830. A estruturação do Estado Brasileiro: a construção do modelo estatal brasileiro opôs duas correntes políticas, uma que defendia a centralização e outra a