Preço é um detalhe
No mercado de eletrodomésticos e eletro-eletrônicos, para iniciarmos com um exemplo que faz parte do nosso dia-a-dia, vemos a Casas Bahia se destacando como o maior anunciante de todo o país seguidamente nos últimos anos. Como resultado disso, vemos um domínio total e crescente deste varejista em um ambiente cada vez mais competitivo. O posicionamento da Casas Bahia é “preço mais baixo”, anunciado a todo instante por um personagem considerado chato por boa parte dos seus clientes, que, pasmem, chega a quase 10% de toda a população brasileira ou 20% da população dos 9 estados em que está presente.
Pois a Casas Bahia se posiciona da pior maneira possível para a grande maioria das empresas, principalmente quando consideramos o nosso cenário inconstante, vulnerável e de competitividade feroz. Ninguém quer ser conhecido por ter os menores preços, pois isso significa menores margens, portanto menor lucratividade. Exceto quando se trata de grandes volumes.
O que este mercado está nos mostrando é que na briga por preços só há lugar para um player, para o melhor. Se o consumidor está buscando apenas preço, quem tem o melhor preço ao alcance do consumidor vai ganhar.
Mas, acreditamos que para ter o melhor preço a empresa precisa apenas ser eficiente em compras e ser extremamente econômica em todas as outras áreas. Mas ao contrário, a Casas Bahia se apresenta não só como uma empresa altamente eficiente e competente em compras, conseguindo negociações vantajosas, mas também eficiente nas suas operações, em logística, em atendimento e, principalmente, fidelização do cliente, entre outros fatores.
A Casas Bahia não investiria tanto em outras áreas se o consumidor que busca preço, não quisesse mais nada. A verdade é que o consumidor quer também a segurança, o prazer e todas as condições para fazer a compra e ter assim uma experiência memorável. E é isso que impressiona, uma compra que seria baseada apenas em preço, acaba resultando em uma