prevalência e indidência do avc
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Está calculado que, no nosso país, seis pessoas, em cada hora, sofrem um AVC, e que duas a três morrem em consequência desta doença. Em termos genéricos, o número de vítimas mortais de AVC num mês em Portugal equivale à queda de um grande avião (i.e., mais de 500 pessoas) e, por ano, os AVC’s são responsáveis pela morte de 200 em cada 100.000 portugueses. Importa referir que os dados disponíveis do Ministério da Saúde sobre taxas de mortalidade por AVC em Portugal apenas dizem respeito a indivíduos com menos de 65 anos. Neste grupo etário, é de realçar que a taxa de mortalidade tem vindo a diminuir desde 2001 (17,2 por 100.000 habitantes) até 2008 (9,9 por 100.000 habitantes); ainda assim, este valor de mortalidade por AVC abaixo dos 65 anos no nosso país é superior ao de outros países da Europa, cujas taxas de mortalidade se situam entre 5 e 6 óbitos por 100.000 indivíduos dos 0 aos 64 anos. Também a nível intra-hospitalar a mortalidade por AVC (percentagem de óbitos por AVC, entre os internamentos por esta patologia) é considerável em Portugal, ultrapassando 15%.
A OMS, no seu programa global sobre as doenças “Global Burden of Disease Program”, divulgado em 2008, apresenta os seguintes resultados, com base em estimativas:
1º
Mais de 85% dos AVC’s ocorrem nos países com menores recursos. Esta situação é oposta à dos países mais ricos, onde se fazem intervenções consideráveis para reduzir a ocorrência de AVC’s, onde se afectam mais recursos para investigação e campanhas de prevenção, entre outros.
2º
O AVC é responsável a nível global por 10% de todas as mortes.
3º
Há uma diferença de 10 vezes quando às taxas de mortalidade entre os países mais afectados e os menos afectados. Ou seja, nos países com mais AVC’s, a mortalidade por esta doença chega a ser 10 vezes maior do que naqueles com menor prevalência. Em resumo, quanto mais pobres são as populações, mais AVC’s existem e mais mortes causam.
4º
A mortalidade é maior nos países do