Predicativos
Alguns verbos não têm (ou perdem, em certos contextos) uma significação definida, no sentido de que não exprimem ações ou processos suscetíveis de serem atribuídos a algo.
Tais verbos contêm um significado puramente gramatical. Limitam-se a transmitir a ideia em referência a um estado permanente (ser), um estado transitório (estar), permanência de estado (continuar), aparência de estado (parecer), mudança de estado (ficar, vir) e outras semelhantes.
Desse modo, estes verbos necessitam de um complemento especial que atribua ao predicado um verdadeiro sentido, que permite exprimir efetivamente um estado ou qualidade atribuíveis ao sujeito.
"Ser" é o único verbo que é usado quase exclusivamente como copulativo. Praticamente, só na linguagem filosófica é utilizado como verbo intransitivo, assumindo o significado de "existir" (O ser é; o não ser não é.). No entanto, vários verbos significativos podem assumir valorcopulativo, como é o caso dos já referidos estar, ficar, andar, permanecer, continuar, parecer, vir.
Predicativo do sujeito é, portanto, o nome ou expressão equivalente que se associa a um verbo copulativo para lhe atribuir sentido.
É o termo que indica uma qualidade ou um estado do sujeito ou do objeto direto ou do objeto indireto. No predicado nominal sempre existe predicativo do sujeito. No predicado verbo-nominal, sempre existe predicativo do sujeito, do objeto direto ou do objeto indireto. Exemplos:
Ele está triste.
Predicativo do sujeito: triste.
Os alunos são inteligentes.
Predicativo do sujeito: inteligentes.
O trem está quebrado.
Predicativo do sujeito: quebrado.
Nomeei José o meu secretário.
Predicativo do objeto direto: o meu secretário.
Chamei-o de ladrão.
Predicativo do objeto direto: ladrão.
O predicativo pode ser:
a) do sujeito;
b) do objeto direto;
c) do objeto indireto.
II. Predicativo do sujeito