Preciso de vida
Enfermeira inglesa nascida na cidade italiana de Florença, onde sua família, de origem inglesa, residia temporariamente, que com seu trabalho lançou as bases dos modernos serviços de enfermagem, ganhando fama, portanto, como fundadora da profissão de enfermeira e como reformadora do sistema de saúde. Educada pelo pai, aprendeu grego, latim, francês, alemão e italiano, história, filosofia e matemática. Após se formar por uma instituição protestante de Kaiserswerth, Alemanha, transferiu-se para Londres, onde passou a trabalhar como superintendente de um hospital de caridade. Sempre interessada pela enfermagem, durante a guerra da Criméia (1854 -1856), integrou o corpo de enfermagem britânico como enfermeira-chefe do exército, em Scutari, Turquia. Durante a guerra constatou que a falta de higiene e as doenças matavam grande numero de soldados hospitalizados por ferimentos. Assim desenvolveu um trabalho de assistência aos enfermos e de organização da infra-estrutura hospitalar que a tornou conhecida em toda a frente de batalha, consagrando a assistência aos enfermos em hospitais de campanha. Suas reformas reduziram a taxa de mortalidade em seu hospital militar de 42,7% para 2,2% e voltou famosa da guerra e logo passou a batalhar, com considerável sucesso, pela reforma do sistema militar de saúde. Depois da guerra publicou Notes on Matters Affecting the Health,Efficiency and Hospital Administration of the British Army (1858) e fundou uma escola de enfermagem no Hospital de St. Thomas, em Londres, a primeira escola de enfermagem do mundo (1860). Como era solteira, trabalhava fora de casa e agia de acordo com as suas idéias, serviu de exemplo a outras mulheres e contribuiu para impor respeito pelo papel da mulher na sociedade, e só parou de trabalhar quando ficou completamente cega (1901), morrendo em Londres, aos noventa anos de