PRECIPITAÇÃO PARAFÍNICA EM PETRÓLEOS
O petróleo, desde sua descoberta em quantidades comerciais, em 1859, na
Pensilvânia, Estados Unidos (num poço de apenas 21 metros de profundidade, que produziu 2 m3/dia), até os dias de hoje, tornou-se indispensável para a nossa civilização (Thomas et al., 2001). Automóveis, trens, navios e aviões são movidos pela energia gerada na combustão de seus derivados. Estradas são pavimentadas usando-se o asfalto e máquinas são lubrificadas com produtos extraídos durante o processo de refino do petróleo (Farah, 1989).
Oleoso, inflamável, menos denso que a água, com cheiro característico e de cor variando entre o negro e o castanho claro (Farah, 1989), o petróleo (do latim petra = pedra e oleum = óleo) não é uma substância uniforme e suas características variam muito de acordo com o campo produtor, variando até mesmo em um único campo. Nele, podem estar dissolvidas suspensões coloidais, gases e sólidos.
Entretanto, todos os óleos produzem análises elementares semelhantes às mostradas na tabela 2.1 (Thomas et al., 2001). A American Society for Testing and
Materials, ASTM, o define como "uma substância de ocorrência natural, consistindo predominantemente de hidrocarbonetos e derivados orgânicos sulfurados, nitrogenados e/ou oxigenados, a qual é, ou pode ser removida da terra no estado líquido. Está comumente acompanhado de compostos tais como água, matéria inorgânica e gases".
Composição química de um petróleo típico
Parafinas normais 14%
Parafinas ramificadas 16%
Parafinas cíclicas 30%
Aromáticos 30%
Resinas e asfaltenos 10% (Fonte: Thomas et al., 2001).
Segundo Córdoba e Schall (2001), os componentes de alto peso molecular, com cadeias de 20 ou mais carbonos, podem precipitar como ceras parafínicas quando o óleo é resfriado das temperaturas de reservatório para as temperaturas das tubulações, sendo responsáveis por muitos