Português
GRAMÁTICA
O eremita que se disfarçou de D. Sebastião
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10 Na Ericeira, era conhecido como o Ermitão. Depois de abandonar o Convento de Santa Cruz, Mateus Álvares refugiou-se numa gruta em São Julião, onde viveu durante anos. Era magro, ruivo e parecido com D. Sebastião. Tão parecido, que a população começou a espalhar o boato: talvez ele fosse o Rei regressado em segredo, numa noite de nevoeiro, de Álcacer-Quibir. O homem alinhou na história e reclamou o trono. Casou com Ana Susana, filha de um lavrador, e coroou-a com a tiara roubada de uma imagem religiosa. Exigia beija-mão, gostava de ser tratado como Rei e reuniu um exército pequeno, desorganizado e mal armado à sua volta. A ambição levou-o à morte: apesar de os seus militares amadores terem ganho pequenas batalhas contra o ocupante espanhol, o inimigo acabou por capturar Mateus Álvares e entregá-lo ao Rei Filipe II. O falso D. Sebastião disse antes de ser decapitado e esquartejado para os seus membros ficarem expostos em local onde a população pudesse ver: “Estais livres portugueses! Olhai bem para mim – não sou D. Sebastião, mas sou um homem bom, um bom português que vos libertou do jugo castelhano. Agora sois livres, escolhei e proclamai Rei quem quiserdes!”
In http://www.sabado.pt/Multimedia/FOTOS/-span--b-Sociedade-b---span--(1)/Fotogaleria-(857).aspx (consultado dia 21-02-2013)
I
Para cada pergunta, seleciona a resposta correta:
1. O constituinte “Na Ericeira” (l. 1) desempenha a função sintática de
a) modificador do grupo verbal.
b) modificador de frase.
c) vocativo.
d) sujeito.
2. As palavras “Ermitão” (l. 1) e “Mateus Álvares” (l. 9) remetem para o mesmo referente, pelo que são designadas de
a) palavras anafóricas.
b) correferentes.
c) catáforas.
d) sinónimas.
3. O verbo “viveu” (l. 2) possui um valor aspetual
a) perfetivo.
b) imperfetivo.
c) iterativo.
d)