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O foco de Weber é deixar claro como funcionam as relações entre a religião e o mundo, e também como afetam a economia. De acordo com o autor, o catolicismo prega que a salvação se da pela lealdade à Igreja e não necessariamente pela atividade mundana, como ocorre nas normas do Protestantismo. O Catolicismo possui como princípio castigar quem não acredita no que a Igreja defende, porém perdoa o pecador, enquanto que o católico opta pela segurança, abomina a ambição para assegurar a vida eterna e tanto como a solidariedade e as boas ações podem influenciar na “salvação” do indivíduo. Em contrapartida, o Protestantismo remete a uma prática econômica, em que o trabalho se torna uma vocação e uma maneira de provar a fé. Esta prática tem como valores a negação do luxo, a consciência profissional, a habilidade de poupar e obediência em relação trabalho. Há virtudes no Protestantismo que tendem a estimular a prática capitalista e o desenvolvimento econômico. Então, Weber diz que o trabalho é uma forma de se poupar dinheiro, por causa da prosperidade econômica, e assim existiria uma salvação. Para terem sua salvação assegurada, tanto os mais ricos quanto os mais pobres deveriam trabalhar freneticamente.
Porém, o protestante, ao contrário do católico, não crê que ele mesmo seja responsável pelos seus atos diante da Igreja e essa diferença é perceptível quando Weber cita: “O católico é mais quieto, tem menor impulso aquisitivo; prefere uma vida a mais segura possível, mesmo tendo menores rendimentos, a uma vida mais excitante e cheia de riscos, mesmo que esta possa lhe propiciar a oportunidade de ganhar honrarias e riquezas. E assim como se diz no provérbio “Coma ou durma bem”, pode-se dizer, segundo a teoria de Weber, que o protestante prefere comer bem e o católico prefere dormir em paz.