Portugues
Historicamente, o conceito de alfabetização se identificou ao ensino aprendizado da “Tecnologia da Escrita”, quer dizer, do sistema alfabético de escrita, ou seja, na leitura a decodificação dos sinais gráficos transformando-os em “sons”,e, na escrita, a capacidade de codificar os sons da fala, transformando-os em sinais gráficos.
Hoje, porém, compreendemos que o aluno deve compreender o valor social da escrita, o letramento. Compreendemos que alfabetização e letramento são processos independentes, porém, complementares e indissociáveis que levam a pessoa a ler, escrever, interpretar e criar a partir da competência para o uso funcional e social da escrita.
Além da compreensão sobre a interdependência entre alfabetização e letramento o professor alfabetizador deve nortear seu trabalho a partir de sólidas bases teóricas sobre o processo de construção e aquisição do conhecimento.
Segundo Piaget (1975), a criança explorando o mundo concreto vai tirando suas próprias conclusões a respeito de suas propriedades desenvolvendo assim estruturas mentais, que Piaget chama de “esquemas”.
A teoria Piagetiana propõe que o desenvolvimento cognitivo é o resultado da tentativa de uma criança resolver conflitos para acomodar novos conhecimentos, constituindo e refinando esses esquemas.
Dessa maneira, as crianças podem representar internamente conhecimentos cada vez mais sofisticados quando desafiadas por um ambiente estimulador.
Piaget via a criança (sujeito) como um experimentador envolvido com o mundo concreto (objeto) e construtor do próprio conhecimento.
Em contraste, para Vigotsky (1978) a linguagem e as experiências de aprendizagem das crianças se desenvolvem através da interação social nos contextos culturais em que sua aprendizagem é guiada, modelada e estruturada pelos adultos e pares mais experientes.
Vigotsky vê a linguagem como a ferramenta cultural mais poderosa em posse das