portugues
Gilson Volpato
Para se escrever um artigo com excelência, há apenas dois pontos.
Toda pesquisa científica conta uma história.
A história deve ser:
Sólida
Interessante
Importante e
Bem representada
Sua história deve ser encontrada a partir de uma análise de dados forte e ousada.
Quem analisa dados é o cientista; portanto,
não terceirize seu cérebro! A análise envolve olhar os dados por vários ângulos para tentar descobrir algo de interessante e sólido. Nessa busca, algumas coisas ficam de fora e, portanto, não farão parte do artigo. A comunidade científica não quer saber o que você fez, mas o que você tem de importante e interessante para dizer a ela.
Um dos erros capitais na redação científica é
iniciar o texto antes que a história toda esteja clara para o autor. Imagine que o artigo é similar a uma molécula; suas várias partes estão interligadas e a movimentação de uma informação provocará alterações e ajustes em outros locais do texto. Para evitar que se construa um manuscrito modelo
“Frankenstein”, ou edifício repleto de
“puxadinhos”, sugiro dois passos:
Responda às cinco questões fundamentais sobre sua história:
- Como começou? Dê a problemática que
instigou a pesquisa e os fundamentos que justificam seu objetivo proposto.
- Onde chegou? Mostre as principais conclusões (em geral, não mais que três ou quatro – uma conclusão de bom nível já é suficiente). - Como chegou aí? Mostre as evidências
(detalhes da metodologia, dos resultados e da literatura) que permitem você defender as suas conclusões.
- O que isso muda na ciência? Indique o
avanço que a sua pesquisa trouxe ao cenário científico; ou seja, o que muda a partir da publicação do seu artigo.
- Por que interessaria ao mundo? Além de mudar a ciência, mostre que é uma mudança interessante. A questão respondida deve ser necessária e interessante, contribuindo bastante para a evolução do conhecimento da área (ou mesmo da especialidade).
E