Portugues
Mário de Andrade
A obra de Mário de Andrade é indispensável para se entender todas as faces da arte moderna pregada na Semana de 22, marco de nosso Modernismo, á que ela se estende desde a poesia até o romance e o conto, além de suas importantes teses sobre a literatura em nosso país. Sua grande virtude está em quebrar com o Parnasianismo da elite, criando uma nova linguagem literária, mais brasileira [ver Antologia]. Trabalhando muito bem com a sonoridade das palavras, Mário resgata em nossas letras um vocabulário que une desde as palavras providas de línguas indígenas até os neologismos e estrangeirismos dos bairros italianos de São Paulo.
Manuel Bandeira
A poesia de Manuel Bandeira nasce parnasiana e simbolista e, aos poucos, se distingue como "o melhor verso livre em português". O poeta transita do Parnasianismo ao Modernismo e experiências concretistas, conservando e adaptando os ritmos e forças mais regulares.
Em sua obra, o aspecto biográfico, marcado pela tragédia e tuberculose, é poderoso, constando até em obras nitidamente modernas, como Libertinagem. Há, ainda, a marca da melancolia, da paixão pela vida e das imagens brasileiras. As figuras femininas surgem envoltas em "ardente sopro amoroso", enquanto outros poemas tratam da condição humana e finita sem deixar de demonstrar o desejo de transcendência como em Momento num Café, Contrição, Maçã, A Estrela e Boi Morto.
PRINCIPAIS OBRAS
Carlos Drummond
Drummond é sem dúvida, o maior poeta brasileiro contemporâneo. Sua estréia deu-se em 1930, com Alguma poesia. De maneira geral, seus poemas procuram retratar a vida à sua volta. O poeta, livre de preconceitos literários anteriores, procura “trabalhar a realidade com as mãos puras”; fala-nos de cenas do cotidiano, de paisagens, de lembranças, fotografando a realidade, retratando a “vida besta”.
Por outro lado, o poeta manifesta o seu pessimismo e a sua personalidade reservada, tímida, desconfiada, de um poeta que