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Imagine uma mulher, sexo frágil, atraente, roupas curtas e comportamento considerado vulgar. Ela merece ser estuprada? De acordo com uma pesquisa realizada atualmente, a maioria dos brasileiros acredita que as mulheres são merecedoras de [merecem] sofrer violência sexual por utilizar roupas curtas e não saber se comportar.
Segundo os índices da pesquisa sobre "Tolerância social à violência contra a mulher", realizada pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), vinte e seis por cento da população condena [discordam de] que mulheres usando roupas curtas merecem ser violentadas sexualmente, e cinquenta e oito por cento acreditam que se as mulheres soubessem se comportar melhor, haveria menos estupros. Ou seja, ficou comprovado que maior parte da sociedade ainda guarda pensamentos e alusões [preconceitos] machistas, e incitam [incorrem] no absurdo de atribuir a culpa do crime à própria vítima.
É praticamente inaceitável acreditar que mesmo após anos de luta contra o preconceito sexual, e na [sexual e pela] busca da igualdade entre homens e mulheres, ainda exista um grupo preponderante [majoritário] de pessoas que enxergam [enxerga] a mulher como objeto. Objeto este, que [este que] seduz e atrai o homem, e o torna vítima de um crime cometido por ele mesmo. Acabam insistindo na atribuição de fatores externos para justificar o estupro, e simultaneamente favorecem a cultura da impunidade, que já é muito cultivada na criminalidade do Brasil [no que se refere à criminalidade em geral no Brasil] .
Desse modo, fica difícil atenuar e desmistificar [acabar com] o pensamento sexista que a sociedade possui [que vigora na sociedade] . A não ser por base [meio] da conscientização dessa parte da população desinformada e de mentalidade medieval, de que mulher não é coisa, e não [coisa nem] é culpada das intenções e atos violentos de homens desprezíveis. A mulher não é culpada de ser violentada e humilhada, ela é a vítima de um grupo