portugues
Imaginem, por exemplo, um bebê o qual a mãe ainda não saiba de sua surdez e que é deixado em um quarto escuro para adormecer.
Com certeza esse bebê entrará em desespero, pois todo seu referencial é visual e ele poderá desenvolver sentimentos de abandono. Se esse fato ocorrer com freqüência poderá acarretar desequilíbrios emocionais. Enquanto a mãe não tem conhecimento das necessidades do filho surdo, ele não será tratado adequadamente, o que poderá ocasionar uma distância entre a comunicação de ambos, dificultando a integração de experiências.
Mais uma vez podemos perceber a importância de um diagnóstico precoce.
Assim que for diagnosticada a surdez, precisamos garantir o domínio de uma língua para proporcionar bases sólidas ao desenvolvimento cognitivo da criança. Futuramente, a aquisição do conteúdo escolar será a conseqüência desse processo e não a principal finalidade.
Para que o desenvolvimento cognitivo de uma criança ocorra da melhor forma possível, é de suma importância que haja uma linguagem com a qual ela poderá mediar suas interações.
Precisamos oferecer suporte imediato nos primeiros anos de vida. As crianças surdas que têm oportunidade de aprender a língua de sinais, desde cedo, além de conseguirem construir uma linguagem mais elaborada, se mostram mais atentas, receptivas e emocionalmente mais equilibradas.
Vejamos o que nos diz o seguinte trecho de Oliver Sacks:
A mãe, ao que me parece, detém um poder tremendo: comunicar-se apropriadamente com o filho ou não; introduzir perguntas que induzam à investigação, do tipo “Como?” “Por quê?” e “E se?” ou