portugues
Os sacrifícios pela beleza sempre existiram, no entanto, só a partir dos anos 60 é que magreza passou a ser considerada “padrão de beleza”. Durante as décadas de 40 e 50 Marilyn Monroe e Elisabeth Taylor chamavam todas as atenções com suas curvas sinuosas, cinturinhas de pilão e quadris enormes. Esse modelo de mulher emplacou sem contestações até os anos 60 quando surge a modelo Twiggy e altera os padrões de beleza: magérrima, tinha o frescor da juventude. Para manter o ideal de corpo adolescente, era preciso muita dieta e exercícios, conforme pregavam as revistas femininas.Segundo o filósofo francês Gilles Lipovetsky (autor do livro "O Império do Efêmero") a forma magra é extremamente libertadora para as mulheres e por isso elas foram tão rápidas em aderir à novidade. “Libertadora” porque, anteriormente, as formas arredondadas simbolizavam a maternidade, ou seja, o papel reprodutor de uma mulher. A magreza foi, então, uma maneira de se livrar dessa imposição secular. Mas o assunto tomou tais proporções que ficou fora de controle.
No Brasil, ao longo dos anos 90, tentamos ao máximo reproduzir sem muito êxito, o estilo das passarelas européias e como ideal feminino: as magricelas francesas. Os desfiles internacionais glorificavam a “mulher-cabide” : cheia de ossos, pernas finas, e braços que deviam cair junto com os quadris... que quadris? A top model do prêt-à-porter não tinha quadris, muito menos bumbum. Os brasileiros não davam valor ao produto nacional: os cachês eram baixos, e havia um certo desdém pelas meninas brasileiras... Muitas de nossas modelos tentaram melhores cachês na Europa, mas sem muito êxito. Até que, uma de “nossas meninas” caiu nas graças da Vogue América e de repente, estava em todo lugar... Gisele Bunchen conquistou o mundo com sua espontaneidade, seus traços de