portfolio prof Ana paula 04
INSTITUTO UFC VIRTUAL
CURSO: LETRAS
DISCIPLINA: HISTORIA DA LINGUA PORTUGUESA
Prof.ª. : ANA PAULA SILVA VIEIRA TRINDADE
ALUNA: LEIDIANE FLORÊNCIO DA SILVA RODRIGUES Aula 04
A influência da Igreja na Idade Média permitiu que muitos termos do latim eclesiástico fossem adotados pela língua medieval, muitas vezes eximindo as palavras assim introduzidas dos processos fonológicos que alteravam a maioria dos itens lexicais provenientes do latim vulgar.
As palavras eruditas ou semieruditas que ascendem àquela época distante [a da formação do galego-português] pertencem ao vocabulário religioso. Podem ser detectadas pelo facto de não terem sofrido certas transformações fonéticas normais no vocabulário do "património hereditário". Assim, cabidoo ("capítulo", no sentido eclesiástico), hoje cabido, que aparece no testamento de Afonso II (1214), representa o latim capĭtulus, empréstimo posterior à data em que todos os ĭ latinos se pronunciavam [e] (pois que ele conserva este i latino), mas anterior à queda do l intervocálico (uma vez que perdeu este fonema). É à mesma camada de termos religiosos que pertence (epĭscŏpus), pela conservação do seu i, assim como culpa ecruz (lat. cŭlpa, crŭcem), pela permanência do seu u. “Foi também a Igreja, não resta dúvida, que impôs, em data muito antiga, a terminologia cristã dos dias da semana: domingo, segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira, sábado.»
Além disso, a maior organização que ainda usa o latim em contextos oficiais e semioficiais é a Igreja Católica (principalmente na Igreja Católica de Rito Latino). A Missa tridentina usa o latim, apesar do rito romano costumar utilizar o vernáculo local; no entanto, pode ser e muitas vezes são rezadas em latim, particularmente no Vaticano. Na verdade, o latim ainda é a língua padrão oficial