Por que morremos

POR QUE MORREMOS?
Edivaldo Pinheiro Negrão

Hoje, enquanto estava preparando uma de minhas aulas de filosofia no Power point , um amigo meu aqui de Aracaju me ligou para a visar da morte de uma senhora que, quando cheguei aqui em Aracaju, me acolheu muito bem.
Em pensar que ainda semana passada passei por perto de sua casa e me vi tentado a ir visitá-la, mas não o fiz. E, hoje pensando nesse fato senti uma angustia muito e grande e me fiz aquela famosa pergunta que a gente faz sempre que algo desse tipo acontece: por que não fui visitá-la? Poxa vida! Ela estava doente e eu não sabia!
Infelizmente essas coisas acontecem. Estamos sempre deixando para depois a visita a um ente querido, dar um abraço a quem só nos faz bem, dizer obrigado a quem nos ajudou em momentos de crises, fazer amor quando nos dá vontade e temos a pessoa amada disponível. Sempre para depois. E ai, de repente, ela chega, muitas vezes, sem mandar recado, e se manda ela o faz através de sintomas físicos que, ao sentirmos, devemos procurar cuidar para que possamos viver um pouco mais – me refiro a morte.
Essa é sem coração. Ceifa as vidas sem dó, nem piedade. Leva para a sepultura pessoas que fazem parte de nossa vida, deixando-nos a mercê da dor, das lembranças e da saudade impenitente que, muitas vezes, nos roubam as forças e nos deixam reféns de uma solidão extremamente dolorida porque aquele (a) que conosco vivia já não existe mais.
Rubem Alves, em seu livro “ Se eu pudesse viver minha vida novamente..”, escreveu: “Ah! A vida é bela! O mundo é belo! É por isso que toda despedida é triste. E é isso que eu sinto: QUE A MORTE É UMA SAUDADE SEM REMÉDIO”.
Mas por que morremos? A primeira resposta é porque um dia nascemos, somos matéria. Nascemos, crescemos, amadurecemos e dependendo da forma como se dá nossa manutenção ou se somos pegos por situações inevitáveis, morremos. A segunda resposta está relacionada ao fato de que morremos para que outros possam dar mais valor à vida enquanto