Ponto 1 – introdução ao tratamento de esgotos
1.1 Antecedentes
As primeiras citações referentes ao emprego de técnicas para purificação da água datam de 2000 AC, destacando-se:
• aquecimento
• exposição a luz solar
• contato com cobre aquecido
• filtração
Até fins do século XXVIII, a poluição das águas estava relacionada a inadequada disposição de dejetos humanos e resíduos orgânicos. As limitações do conhecimento na época constituíam na principal barreira para efetiva aplicação de medidas de controle da poluição. Acrescente-se o fato que o abastecimento de água nas habitações até fins do século XIX era extremamente precário, o que resultava em vazão de esgotos reduzida, comparativamente aos índices de consumo e conseqüente produção de esgotos verificada atualmente.
O uso intensivo da água para higiene das habitações e consumo industrial, principalmente nos grandes centros urbanos, gerou forte impacto poluidor nas águas superficiais e subterrâneas podendo-se afirmar que o tratamento de esgotos consiste atualmente em ação fundamental para garantia da qualidade de vida no nosso planeta.
A qualidade das águas exerce forte impacto na saúde das populações, podendo-se destacar dois grupos de doenças transmitidas pela água:
1. Doenças de origem hídrica
2. Doenças de veiculação hídrica
As doenças de origem hídrica são causadas por poluentes de origem natural, ou seja, não são conseqüência de atividades antrópicas. Como exemplo mais comum cita-se a fluorose, que causa sérios danos ao esmalte dos dentes.
As doenças de veiculação hídrica, por outro lado, estão associadas aos esgotos sanitários e industriais e, portanto, requerem adequado tratamento antes da sua descarga ao ambiente. Neste caso, é importante destacar os estudos desenvolvidos por Pasteur (1880) que desenvolveu a teoria das doenças causadas por germes.
As estratégias de controle da poluição podem ser desenvolvidas em dois níveis:
1. Na fonte de geração dos resíduos (principalmente para o caso da