Política Internacional Contemporânea
Os ataques de 11 de setembro de 2001 foram e têm sido apresentados como um momento de ruptura no sistema das relações internacionais, ou pelo menos como um novo elemento na agenda da política mundial, ponto definidor de uma nova relação dos EUA com a ordem global. Os atentados ocorreram no momento em que os EUA, superados os obstáculos da Guerra Fria e somado o crescimento econômico acumulado nos últimos 10 anos, atingem a total maturidade de seu poderio e ocupam o lugar de destaque no hall das potências mundiais.
Os atentados realocara na agenda americana a prioridade dos temas de política externa, em um momento em que o debate interno vinha sendo ocupado exclusivamente por temas como as leis de financiamento político, o reforço nacional do sistema nacional de educação, a reforma do sistema de seguridade social, a estrutura do fornecimento energético, entre outros.
A política externa americana para o Oriente Médio, no qual figura como item de suma importância na nova agenda internacional, é marcada pela oscilação entre o unilateralismo e multilateralismo. A aprovação da Resolução 1397 do Conselho de Segurança da ONU, com aval americano, pela primeira vez na história mencionou um “Estado Palestino”, ainda que não se vislumbrasse qual consequência prática poderia advir tal manifestação. Porém, mesmo fiel à ambivalência de suas posições, o governo dos EUA, ao tempo em que aprovou a inédita Resolução, dava apoio tácito à política israelense de ampliar sua presença militar nos territórios sob controle da Autoridade Nacional palestina, posição que compromete ainda mais o processo de paz na região.
Outra questão em que se agravou a situação no Oriente Médio foi a mudança de regime no Iraque, onde a administração americana se divide entre intervencionismo unilateral e concertação multilateral, porém manifesta clara vantagem à primeira tendência, que tem fundamentado argumentos ptró-intervenção na necessidade urgente de