POLÍTICA EDUCACIONAL
Nas aulas dessa disciplina, discutimos que a forte influência exerce pelo Banco Mundial na política macroeconômica brasileira irradia-se sobre diversos setores, entre eles está a educação. De acordo com o presidente deste banco, James Wolfensohn, justiça social é uma questão tão importante quanto crescimento econômico.
A curto prazo, você pode manter a desigualdade, mas, a longo prazo, não dá para ter uma sociedade estável. Sendo assim, é necessário criar oportunidades para que as pessoas pobres se desenvolvam, investindo em educação e em reforma agrária.
Desde 1990, o BIRD tem declarado que seu principal objetivo é o ataque à pobreza. Para isso, suas duas principais recomendações são: uso produtivo do recurso mais abundante dos pobres – o trabalho – e fornecimento de serviços básicos aos pobres, em especial saúde elementar, planejamento familiar, nutrição e educação primária. Nesta visão, o BIRD considera o investimento em educação a melhor forma de aumentar os recursos dos pobres.
A educação, segundo os autores estudados na disciplina, é tratada pelo Banco como medida compensatória para proteger os pobres e aliviar as possíveis tensões no setor social. Além disso, esta é tida como uma medida importante para a contenção demográfica e para o aumento da produtividade das populações mais carentes. Daí depreende-se a ênfase na educação primária, que prepara a população, principalmente a feminina, para o planejamento familiar e a vida produtiva.
O BIRD apresenta uma proposta articuladora para melhorar o acesso, a equidade e a qualidade dos sistemas escolares. Embora reconheça que cada país tem sua especificidade, trata-se, de fato, de um único “pacote” de reformas proposto aos países em desenvolvimento. Com isso, as políticas e estratégias recomendadas com base nesse estudo estão em boa medida reforçando a má qualidade e a desigualdade no sistema escolar.
Nesse âmbito, uma perspectiva de descentralização pode ser identificada na