Polo Petroquímico
Potencial de Investimentos no
Setor Petroquímico Brasileiro
2007-2010
Cynthia Moreira
Eduardo Fernandes
Gabriel Lourenço Gomes
Peter Dvorsak
Tatiana Boavista Barros Heil
Valéria Delgado Bastos*
*Respectivamente, chefe, gerente, gerente, engenheiro, engenheira e economista do Departamento de Indústria Química da
Área de Insumos Básicos do BNDES.
1. Situação Atual do Setor
A indústria química brasileira ocupa a nona posição mundial (Tabela 1), com participação de 3,5% no PIB (Figura1) e cerca de 12% no produto da indústria de transformação, correspondendo ao segundo maior setor industrial brasileiro. Engloba um número expressivo de empresas e responde pelo recolhimento de 15% dos tributos da indústria de transformação. O faturamento líquido da indústria química foi de R$ 169,3 bilhões em 2005, o que corresponde a
US$ 69,5 bilhões (Figura 2).
O segmento mais importante – o de produtos químicos de uso industrial (que engloba produtos utilizados como insumos pelo próprio setor químico e por outros setores da economia) – faturou
US$ 39 bilhões no ano passado, enquanto os produtos químicos de uso final (produtos farmacêuticos e fertilizantes, entre outros) faturaram cerca de US$ 30 bilhões (Figura 3).
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FIGURA 1
Participação da Indústria Química no PIB (%)
Fonte: Abiquim.
FIGURA 2
Evolução do Faturamento Líquido da Indústria Química Brasileira –
1995-2005
Fonte: Abiquim.
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FIGURA 3
Faturamento da Indústria Química por Segmento – 2005
Fonte: Abiquim.
Na balança comercial, a indústria química apresentou um déficit de cerca de US$ 8 bilhões em 2005 (-7,4% em relação ao ano anterior), decorrente de US$ 15,3 bilhões em importações (+5,7%), que representam quase 21% das importações totais do país, e
US$ 7,3 bilhões em exportações (+25,4%), o segundo maior da história e cerca de 6% das exportações totais (Figura 4).
O grupo de produtos químicos de uso industrial corresponde, portanto, aos insumos