Politização antes de pesquisa
COMUNICAÇão social- jornalismo e rp (diurno) estudos de jornalismo professor: dalmir francisco aluna: melissa neves gomes
Politização antes de pesquisa
Há mais de cinco meses para as eleições presidenciais, a badalação em torno das pesquisas de intenção de voto interessa mais aos candidatos do que aos eleitores. Os brasileiros ainda não entraram no clima da Copa do Mundo, quem dirá no clima eleitoral. A mídia, entretanto, não pode ignorar o tema, que é de utilidade pública e deveria promover importantes discussões entre os cidadãos, a fim de que eles tenham insumo para decidir seus votos. Ademais, interesses mercadológicos da imprensa, bem como publicações institucionais de partidos, são comumente usados em favor de candidatos- como estratégia. O problema é que a estratégia ainda não tem eficácia.
Nessa conjuntura pré-eleitoral, em vez de debates sobre a trajetória política de candidatos ou de avaliações sobre diferentes modelos de governo, a metodologia de pesquisas de intenção de voto é que tem ganhado repercussão na mídia. Muitos resultados são questionados por leitores e espectadores quando esses tomam conhecimento- também pela imprensa- da ordem em que perguntas foram feitas, do local em que a pesquisa foi aplicada, além do grau de envolvimento de certo órgão de pesquisa com determinado candidato. Os questionamentos dos critérios das pesquisas têm sido propostos pela grande mídia, porém, o cenário político brasileiro continua sendo pouco problematizado, em diversas esferas sociais: escola, imprensa, família, igreja e até mesmo governo.
Quem perde com a realidade atual é a cidadania. O exercício do voto e o acompanhamento do governo do país não interessam em grande medida à população, a não ser no que se refere às reivindicações pessoais de cada um. O senso crítico dos eleitores fica adormecido e falta repertório para julgar um modelo de governo como um todo. Nesse sentido, levantar críticas a