politicas de saúde no brasil

Renato Tapajós, 70, sempre pensou em ser escritor, mas acabou envolvendo-se por cinema produzindo vários documentários, marcados pelo forte engajamento social e o não conformismo com o modelo vigente, a exemplo: “Políticas públicas de saúde no Brasil: um século de luta pelo direito à saúde’’(2006, 60 minutos) o qual contextualiza os 100 anos de luta pelo direito à saúde através da periodização dos contextos emblemáticos da história, conseguido graças a uma forte associação de uma pesquisa historiográfica e um material audiovisual firmado na época da ocorrência dos fatos.
O vídeo inicia-se no período de 1900, século XX, com o anúncio por parte da governança como um século dos avanços nas áreas da ciência, engenharia e medicina, porém por anúncios em jornais a história não é tão bem animadora quanto se esperava, havia vários surtos de epidemias como: cólera, peste, varíola e febre amarela que atingia tanto São Paulo quanto o Rio de Janeiro afetando as exportações das cafeiculturas, interesse principal das elites locais, sendo tomado atitudes obrigatórias de vacinação e higienização das parcelas populacionais periféricas.
Em 1930 com a posse de Getúlio Vargas ocorre a unificação e a centralização das Caixas de Aposentadoria e Pensões e convoca, em seguida, a Constituinte de 1934. São criados, nesse contexto, os Institutos de Aposentadoria por categoria profissional – os IAPs, que passam a garantir assistência médica e aposentadoria aos trabalhadores mediante as contribuições em partes salariais, o qual mais uma vez é desprivilegiado e passa a ser usado para a industrialização favorecendo o empresariado da época. As tensões dos movimentos operários e a organização do Partido Comunista adiantam a criação do Estado Novo e é criado o Ministério do Trabalho que passa a gerir o IAPs, havendo o investimento em ações preventivas de Serviço Especial de Saúde Pública( Sesp) no combate a malária.