Politica
Na Antiguidade grega e romana (principalmente na primeira), discutia-se os limites e as possibilidades de uma sociedade justa e ideal (Platão, com sua obra A república). Mas o que se tornou célebre, por se tornar a teorização da prática política grega, em particular de Atenas, foi o tema do bem comum (Aristóteles), representado pelo homem político, compreendido como o cidadão habitante da pólis, o homem politikós que opinando e reunindo-se livremente na ágora, junto a seus pares, discute e delibera acerca das leis e das estruturas da sociedade. O homem político teria o seu espaço de atuação privilegiada na esfera pública, no átrio, no senado, em oposição à esfera privada dos indivíduos, representada pela casa, pelo lar, pelos negócios domésticos. Já em Roma, Cícero teorizou a República como espaço das liberdades cívicas, em que ocorre uma complementaridade entre os senadores e a plebe (tese retomada no século XVI por Maquiavel).
O filósofo francês do século XVI, la Boétie, dizia que a história das associaçôes políticas entre os homens é a história da própria servidão, essa servidão, em seu conceito, era voluntária. Tal afirmação envolve várias questões sobre a condição humana, muitas respostas a essas apontam para questões éticas, para aspiração de um bem comum entre os homens. Talvez entrevendo a necessidade de uma relação íntima entre a ética - a busca de felicidade e justiça - e a política, em seu sentido superior.
Desde fins da Idade Média, a Filosofia Política e os pensadores tratam das mais variadas questões sobre a legitimação e a justificação do Estado e do governo:
- os limites e a organização do Estado frente ao indivíduo (Thomas Hobbes, John Locke, barão de Montesquieu, J.-J Rousseau);
- as relações gerais entre sociedade, Estado e moral (Nicolau Maquiavel, Augusto Comte, Antonio Gramsci);
- as relações entre