Politica educacional
Momentos de grandes mudanças, “Uma verdadeira contra revolução nas esferas social, politica e ideológica”. Assim foi marcada a década de 90, nas palavras do pensador britânico Christopher Norris. Tendo este se referido ao governo Thatcher, na Inglaterra (1979-1990), estes anos, representaram um completo assalto aos valores que prevaleciam na Inglaterra desde o pós-guerra, quanto às politicas de bem estar, educacional, de saúde, de liberdade, de organização de trabalhadores, entre outros, e que eram compartilhadas tanto por conservadores como por trabalhadores. Os governantes dos anos de 1990 estruturaram uma verdadeira contrarrevolução nas esferas social, política e ideológica ao procurarem superar a crise econômica dos anos de 1980.
Com a posse de Fernando Collor de Mello, em 1990 e até os anos de 1992 com o seu impeachment, os motivos populistas que haviam caracterizado sua campanha foram trocados por um estilo modernizado e intervencionista que trouxe amargas conseqüências para os brasileiros, tendo como foco central o ajuste da economia brasileira às exigências de reestruturação global da economia, com aberturas prematuras do mercado aos produtos internacionais.
Logo se viu um Brasil impossibilitado de competir com o mercado internacional e a necessidade de formação de cidadãos que dominassem os códigos da modernidade. Atribui-se à educação dos anos de 1990 a responsabilidade pela formação desse cidadão e a conseqüente sustentação do mercado competitivo.
A Conferência Mundial de Educação para Todos
Em 1990, em Jomtien, realiza-se a Conferência Mundial de Educação para Todos, financiado pela UNESCO, UNICEF, PNUD e Banco Mundial, na qual os 155 governos presentes comprometem-se a assegurar a educação básica de qualidade às crianças, jovens e adultos e no qual o Brasil, um dos países com maior nível de analfabetismo, se compromete em criar ações para a melhoria dessa condição.