Poesias de Mel
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Um fim de mar colore os horizontes.
Melhor jeito que achei para me conhecer foi fazendo o contrário.
No fim da tarde, nossa mãe aparecia nos fundos do quintal :
Meus filhos, o dia já envelheceu, entrem pra dentro.
O maior apetite do homem é desejar ser.
Se os olhos vêem com amor o que não é, tem ser.
Sou hoje um caçador de achadouros da infância.
Vou meio dementado e enxada às costas cavar no meu quintal vestígios dos meninos que fomos.
"A palavra amor anda vazia. Não tem gente dentro dela."
Liberdade busca jeito. Sou água que corre entre pedras. Quem anda no trilho é trem de ferro
Onde eu não estou, as palavras me acham.
E agora o que fazer com essa manhã desabrochada a pássaros?
O mundo não foi feito em alfabeto.
Senão que primeiro em água e luz.
Depois árvore.
“Sol, s.m.
Quem tira a roupa da manhã e acende o mar”
"As coisas muito claras me noturnam."
A inércia é o meu ato principal.
Gosto de viajar por palavras do que de trem.
Poetas e tontos são feitos com palavras
Tudo que eu não invento é falso
"No osso da fala dos loucos têm lírios."
As flores dessas árvores depois nascerão mais perfumadas.
Eu via a natureza como quem a veste. Eu me fechava com espumas.
Poeta é um ente que lambe as palavras e depois se alucina
A escuridão me xinga. A Poesia me ensina. As palavras viciam. O amor transpira! Teté
"Sol, s.m.
Quem tira a roupa da manhã e acende o mar"
"Poetas e tontos são feitos com palavras"
"E agora o que fazer com essa manhã desabrochada a pássaros?"
"Deixei uma ave me amanhecer."
"Só quem está em estado de palavra pode enxergar as coisas sem feitio."
"A tarde está verde no olho das garças."
"Só quem está em estado de palavra pode enxergar as coisas sem feitio."
"Aqui de cima do telhado a lua prateava"
"Há um comportamento de eternidade nos caramujos."
"Gosto de viajar por