poemas
Percebemos, ainda, a quantidade de léxicos que estão no mesmo campo semântico dos sentimentos (“amor”, “Esse poema pertence a 2ª fase do Modernismo brasileiro (poesia), mais especificamente da 2ª ódio”, “medo”) que se distinguem entre si no contexto do poema e observamos que o substantivo abstrato “medo” prevalece, pois há um destaque maior para esse sentimento e o título apenas ratifica essa afirmação “Congresso Internacional do Medo”. A partir desse título, verificamos que se trata de um sentimento específico do Brasil, mas do mundo como um todo – internacional. Logo, o medo, para o poema, é universalizado.
O medo está vigorando em vários lugares e em várias ações, por isso, não seria conveniente tratar do “amor” ou do “ódio”, mas deve-se comentar sobre o medo, desse sentimento que gera desequilíbrio, angústia, dúvida insegurança e serve, paradoxalmente, como um verdadeiro pai e seguidor, devido do contexto social da época, pois o período que o poema foi escrito tinha um pano de fundo em clima de Guerra mundial, túmulo, morte, dor, sofrimento e muito medo. Trata-se de um medo de tal força que esteriliza os braços (estanca a força humana), pois se vive em um mundo que está em caos: com ditadores, soldados, mortes e esses fatores deixam as pessoas desequilibradas e apavoradas.
Após analisarmos o poema de forma superficial, observamos também o mesmo através de outros prismas e um deles é o sintático. Percebemos que a palavra medo ganha destaque em todo o poema, pois quando não é objeto direto da ação (cantaremos o medo).