Plano bresser
O objetivo deste trabalho é apresentar de forma simples uma parte da nossa história, no que diz respeito à condução de nossa política monetária ao longo do período que vai de 1987 à 1988 com o afamado “Plano Bresser”.
Plano esse, que tenta na forma de decreto, substituir o então fracassado plano cruzado mas se mostra ineficaz tanto quanto o plano que o deu lugar, não dando conta de estabilizar a inflação em nosso país, e cedendo lugar posteriormente ao “Plano Verão”.
2 PLANO BRESSER
O Plano Bresser foi apresentado em 16 de junho de 1987 através de Decretos-Lei 2335/87, 2336/87 e 2337/87, pelo então Ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser Pereira, e tinha a missão de controlar a inflação herdada do fracassado Plano cruzado.
Em abril de 1987 , Luis Carlos Bresser Pereira assume o Ministério da Fazenda do então presidente José Sarney, enfrentando uma inflação de 23,21%.
O principal objetivo do plano não era acabar com a inflação, nem com a indexação, mas evitar a sua aceleração e a hiperinflação, e para isso era necessário diminuir o déficit público que já representava uma parte considerável do PIB, pois nesta época o governo gastava mais do que arrecadava em impostos.
Uma das armas do ministro foi o congelamento de preços e a desvalorização cambial, mas o que seria uma solução momentânea não resolvia os problemas de longo prazo.
Dados os objetivos do Plano Bresser que tinha caráter emergencial, ao contrário do Plano Cruzado algumas medidas emergenciais foram apresentadas.
2.1 As principais medidas do Plano Bresser
1. Congelamento de salários, com inflação corrigida após seis meses ao nível de 12 de julho;
2. Congelamento de preços por três meses, observando que aumentaram vários preços antes do congelamento;
3. Mudança da base do índice de Preços ao Consumidor (IPC), incorporada a inflação para não sobrecarregar o mês de julho;
4. Desvalorização do câmbio em 9,5% em ao nível de 12 de junho, sem congelamento, mas com desvalorizações