Planejamento
Raymundo Garcia Cota
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho se enquadra dentro do esforço nacional de entender as aglomerações produtivas da economia brasileira e estabelecer políticas públicas adequadas. A abordagem mais recente tem sido de Arranjos Produtivos Locais (APLs), conceito que surge no final da década de 80 (LASTRES, 1998). A data serve para enfatizar as mudanças ocorridas no mundo, que revolucionaram as indústrias tradicionais com o advento da globalização.
Essa abordagem se fortaleceu com o êxito da experiência americana do Vale do Silício, que se espalhou por todo o mundo. Neste tipo de abordagem industrial, acentua-se principalmente a cooperação, que surge entre os membros de um APL, gerando sinergias operacionais decorrentes das externalidades positivas.
Este trabalho segue de perto as metodologias desenvolvidas pela RedeSist , enfatizando aglomerações empresariais, clusters e arranjos produtivos locais. As aglomerações empresariais de modo geral se apresentam como conjunto de empresas geralmente pequenas e médias de determinado setor industrial, que se localizam em determinada área geográfica, não apresentando relações de cooperação, mas são de suma importância para o desenvolvimento local. Os clusters e os APLs se confundem quanto conceito geral, pois ambos são caracterizados por apresentarem um certo grau de cooperação; são constituídos em sua maioria de micros e pequenas empresas, que em suas relações sinérgicas e com a ajuda de outros agentes do arranjo; propiciam ganhos econômicos, sociais, tecnológicos etc. tanto para as empresas quanto pela a localidade/região em que estes são implementados.
O trabalho se ressentiu da dificuldade em penetrar nas médias e grandes empresas, para obter os dados necessários a esta análise. Isso denota a falta de informação e integração existentes dentro do setor, pois os empresários ainda confundem os agentes governamentais: não diferenciam os