Piscicultura
Alguns registros históricos apontam que a piscicultura é praticada há muito tempo: os chineses já a cultivavam vários séculos antes de nossa era e há cerca de 4 mil anos, os egípcios já criavam a tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus). A prática se difundiu pelo mundo a partir da pesca excessiva em mares e rios, o que provocou uma sucessiva destruição da fauna. Foi então que, para poder controlar melhor a pesca e seu consumo, passou-se a criar peixes em represas, lagos e açudes e a se aprofundar mais em estudos sobre o assunto. Surgiram em seguida os tanques para a criação de variadas espécies, e a atividade foi aos poucos se profissionalizando, com técnicas e recursos tecnológicos próprios, até tornar-se uma promissora indústria, voltada para a comercialização em grande escala dos pescados. Mais de 50% do que é produzido pela aquicultura vem da piscicultura, e o restante é dividido entre o cultivo de outras espécies. Do total da produção mundial de pescados, aproximadamente 40% é cultivada em viveiros. A China é o maior produtor mundial, com cerca de 30 milhões de toneladas por ano. Brasil
A piscicultura é uma atividade ainda pouco explorada no Brasil, que vem se desenvolvendo em um ritmo muito acelerado e, apesar da falta de dados concretos e recentes sobre o setor no país, estima-se uma taxa de crescimento de aproximadamente 30% ao ano. No início do século XX as espécies exóticas foram as primeiras a serem cultivadas no Brasil. Hoje, a atividade se divide entre produtores rurais, que têm na piscicultura um incremento da renda e da alimentação familiar, e pequenos empresários do ramo. O país possui ótimas condições climáticas e mais de 13% de toda a água doce disponível no mundo. Porém, a produção brasileira ainda está aquém da demanda dos consumidores, prova