pioneiros e empreendendores

CLASSES SOCIAIS E ESTRUTURA SOCIAL
Apesas das interpretações a respeito das desigualdades sociais, da exploração, do Estado e da revolução Marx não deixou uma teoria sistematizada sobre as classes sociais, embora sejam obrigatórias para serem compreendidas. O ponto de partida é que a produção é a atividade vital do trabalhador, a manifestação de sua própria vida, e é através dela que o homem se humaniza. Neste processo de produção, os homens estabelecem entre si determinadas relações socias através do que necessitam que retirem da natureza. É desde aí que Marx reflete sobre o significado da apropriação por não-produtores (pessoas, empresas ou o Estado) de uma parcela do que é produzido socialmente, e desenvolve sua concepção de classe, exploração, opressão e alienação.
Não existem bases economicas que possibilitem que uns vivam do trabalho de outros, seja na forma de trabalho escravo ou de qualquer outro modo de exploração. Por isso a organização social era simples e existia apenas uma divisão natural do trabalho segundo a idade, força física e o gênero. É o surgimento de um excedente da produção que permite a divisão social do trabalho. Portanto, percebe-se que a existência das classes sociais vincula-se a circunstâncias históricas específicas, quais sejam, aquelas em que a criação de um excedente possibilita a apropriação privada das condições de produção.
A configuração básica de classes nos termos expostos anteriormente expressa-se num modelo dicotômico: de um lado, os proprietários ou possuídores dos meios de produção, e do outro, os que não possuem. A utilidade do esquema dicotômico reside na possibilidade de identificar a configuração básica das classes de cada modo de produção, aquelas que responderão pela dinâmica essencial de uma dada sociedade, definindo as relações com as demais classes.
Marx acredita que a tendência do modo capitalista de produção é separar cada vez mais o trabalho e os meios de produção, concentrando e transformando estes ultimos