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Porém, o termo “chuva ácida” surgiu pela primeira vez no século XIX. Já nessa época constatou-se que a composição química da precipitação era influenciada pela queima de carvão, decomposição de matéria orgânica, direção dos ventos, proximidade do mar, quantidade e freqüência de chuva. Observou-se, ainda, que as chuvas ácidas causavam prejuízos às plantas e materiais, além da primeira associação desses efeitos com a presença de ácido sulfúrico (Cowling, 1982).
A caracterização da acidez de águas de chuva baseia-se no equilíbrio entre água pura e dióxido de carbono (CO2) atmosférico. Valor de pH 5,6 foi considerado “fronteira natural” nessa caracterização. Porém, valores de pH ao redor de 5 foram observados em regiões não poluídas, variando consideravelmente em função da eficiência da “limpeza atmosférica” pela água de chuva, assim como pelas condições geográficas dos ciclos de enxofre e nitrogênio ou emissões naturais de ácidos orgânicos. Desse modo, considera-se “chuva ácida” aquela que apresentar valor de pH < 5 e “chuva alcalina” aquela com pH > 6. Estudos sobre acidez em águas de chuva em regiões industrializadas mostraram valores de pH menores que 4,5 chegando a 2 para eventos isolados em algumas regiões. Em eventos com predomínio de espécies alcalinas, ou potencialmente neutralizantes da acidez (por exemplo, amônia, carbonato ou hidróxido), o valor de pH pode ser superior a 7 (Fornaro, 1991).
Arte sobre foto de Sílvia Lins
REVISTA USP, São Paulo, n.70, p. 78-87, junho/agosto 2006
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Nesse sentido é importante destacar