Piauí colonia
No Piauí colonial, os estrangeiros se apossaram do reino dos Gurguéia, em nome ds d’Ávila, senhores da casa da torre, da Bahia. Nesse processo o domínio da terra dependia da conquista dos povos autóctones, e esta, por sua veze, da modificação das crenças, hábitos e costumes dos nativos. A ação colonizadora, portanto, objetivava a implantação da civilização europeia, de uma visão de mundo oposta á dos povos de origem local.
Nesse contexto, teve início a formação do Piauí histórico, quando se deram as lutas entre os d’Ávila e os Gurguéia, Acroá e outros grupos étnicos que habitavam esse território. Em levas sucessivas, representantes, consorciados e funcionários dos d’Ávila foram invadindo e dominando a região. O contato pessoal dos senhores da Casa da Torre que chefiavam as bandeiras, na busca de minerais, sob o disfarce da implantação de currais para o gado que estava sendo tangido em direção as pastagens piauienses.
O primeiro dos d’Ávila foi Garcia, que chegou ao Brasil em 29 de março de 1549, como almoxarife da fazenda do rei, acompanhando o governador geral Tomé de Sousa, seu protetor. Desde o início, percebe-se que não viera apenas para enriquecer e voltar á Metrópole, como muitos funcionários planejavam. Criou e agregou ao seu criatório algumas porcas, cabras, éguas, que dois anos mais tarde junto com as várias cabeças de gado, encontravam-se comprimidas em um pequeno espaço. Subiu, então, o litoral, em busca de uma terra propícia para desenvolver sua criação. O gado foi se multiplicando e se estendendo para além de Itapoã, por terras abandonadas por donatário e sesmeiros. Quando os currais de Garcia haviam atingido o rio Pojuca, o ex-almoxarife já enriqueceu.
Casou-se, então, com uma índia, Francisca Rodrigues, e teve com ela Isabel d’Ávila. A sesmaria de 8 léguas que Tomé de Sousa lhe prometera quando retornara ao Reino, foi doada a Garcia em 1565. Compreendia o Pojuca até o rio Real. Então, construiu na colina do Tatuapara a (primeira) Casa da