PH - CORROSAO DOS MATERIAIS
1- Proteção catódica:
Visto que a formação da ferrugem inicia-se em virtude da oxidação do ferro (Fe (s) → Fe2+ + 2 e-) em contato com o ar úmido, uma das técnicas de proteção do ferro consiste em reverter essa oxidação. Para tal, um eletrodo de sacrifício ou metal de sacrifício é colocado em contato com o objeto feito de ferro ou de aço. Esse metal deve possuir um potencial de oxidação maior que o do ferro para, assim, oxidar-se no lugar dele (daí o nome “eletrodo de sacrifício”), fornecendo elétrons para quaisquer íons Fe2+ que se formarem, voltando a ser ferro metálico.
Para entender melhor, vejamos um exemplo: O magnésio possui potencial de redução maior que o do ferro, conforme mostra as suas semirreações de redução abaixo:
Fe2+ + 2 e- → Fe(s) E0 = - 0,44 V
Mg2+ + 2 e- → Mg(s) E0 = - 2,37 V
Visto que seu potencial de redução é menor, a tendência do magnésio de oxidar-se é maior que a do ferro. Assim, liga-se uma peça de ferro a esse metal, formando uma pilha galvânica, em que o ferro é o cátodo e o magnésio funciona como ânodo. Isso significa que, em contato com o ar, o magnésio irá oxidar-se, e não o ferro:
Mg(s) → Mg2+ + 2 e-
Veja que a oxidação do magnésio fornece elétrons, que irão reduzir os íons Fe2+ a ferro metálico, impedindo assim que ele seja corroído:
Fe2+ + 2 e- → Fe(s)
Podem-se usar também outros metais, desde que tenham o potencial de redução menor que o do ferro, como o zinco (E0 = - 0,76 V).
Essa técnica de proteção do ferro (e também do aço, que é uma liga metálica feita de aproximadamente 98,5% de ferro, 0,5% a 17% de carbono e traços de silício, enxofre e fósforo) é muito aplicada em tanques para