peças teatrais
PEDRO MICO (Peça em 1 ato)
Direção de Paulo Francis.
PERSONAGENS E SEUS CRIADORES
PEDRO MICO
Malandro de morro, preto, vinte a trinta anos
(Milton Moraes)
APARECIDA
Mulher branca, mesma idade, maltratada
(Beyla Genauer)
MELIZE
Meninota vizinha, mulata
(Munira Haddad)
ZEMÉLIO
Irmão de MELIZE, meninote, mulato claro
(Haroldo de Oliveira)
TRÊS INVESTIGADORES
NOTA:
Com o elenco acima esta peça estreou em 1957, no velho Teatro República, com cenário de Oscar Niemeyer.
Passou depois para o Teatro de Bolso, de Aurimar Rocha, com Teresa Austregésilo no papel de APARECIDA.
Em 1960 foi levada no Teatro Municipal, com Paulo Goulart e Nicete Bruno.
Em outra encenação do mesmo ano o papel de PEDRO MICO foi vivido por Jece Valadão.
Em 1961 a TV Excelsior, de S. Paulo, levou a peça com Armando Bogus e Irina Greco nos papéis principais. Direção de Antunes Filho.
Também em 1961 apareceu na revista Odyssey, americana, a versão inglesa de PEDRO MICO, intitulada Pedro the Monkey. Tradutores, Hilda Wickerhauser e William L. Grossman.
ATO ÚNICO
Representação externa e interna de um barracão no morro da Catacumba, à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas. O barracão se ergue encravado no barro, reforçado por estacas, como uma casa lacustre. No primeiro plano e pela direita, um caminho de barro circunda a casa.
No interior do barracão, único cômodo, naturalmente, todo o mobiliário de uma favela está acumulado: a lata de gasolina de carregar água, cama, fogão, mesa de pau com bancos. No canto do fogão, prateleiras com louça etc. Mas se sente que o dono da casa é um dândi e um grande leitor dos jornais. Os jornais estão por toda parte. Na parede há um grande espelho e numa prateleira ao pé do espelho há dois pentes, brilhantina, escova e pasta, água-de-colônia. Num armário feito de caixote penduram-se uma roupa de panamá branco, outra de brim claro, um terno de sarjão azul-marinho, e, num barbante que passa