Peça - No fundo do poço
Cena: uma sala de uma casa, apenas com um ou dois sofás.
Personagens
Eduardo (pai de família)
Verônica (mãe)
Marina (filha)
Junior (filho)
Entregador 1
Entregador 2
Mercedes (Empregada)
Matilde (Sogra)
Isabel
Godofredo
Frederico
Estela
Edisvandsom
Thaís
Eduardo (em off) – Querida, querida... (entra) (apavorado) Amor, amor...
Verônica – Fala logo!
Eduardo – Amor, você não sabe a maior, você nem vai acreditar...
Verônica – Se voce não falar eu não vou saber mesmo né.
Eduardo – calma, senta aí.
Verônica senta-se
Eduardo – Eu... (respira), eu fui promovido no meu emprego...
Verônica – (levanta-se) serio amor?! Mas que bom...
Eduardo – é, é sim, e para vice-presidente.
Verônica – eu não acredito?!?!
Eduardo – pois trate de acreditar, amanhã mesmo começo a ocupar meu novo cargo.
Verônica – nossa, mas que ótimo, já to até imaginando...
Eduardo – ei, ei, vamos com calma... é, cadê os meninos? Preciso falar a novidade para eles, vou sair procurá-los...
Verônica – Tudo bem amor, ai, que tudo.
Eduardo – fui... (vai saindo)
Verônica – Amor, beijo. (manda beijo)
Eduardo – (manda outro)
Eduardo sai pela porta de dentro da casa. Verônica senta-se e Junior entra pela porta da rua, com um papel na mão e estressado.
Verônica – Nossa, mas o que foi que aconteceu filho?
Junior – Ah, aquela diretora maldita me expulsou da escola.
Verônica – Nossa, mas pra isso voce tinha que ter feito algo, não?
Junior – Ah mãe, eu não fiz nada...
Verônica – Fala a verdade Junior.
Junior – Ah mãe, a culpa foi daquela professora de matemática...
Verônica – Como assim? Vai me explicando tudo...
Junior – Ah, foi o seguinte, a professora passou na lousa uma equação supercomplicada aí, X vai pra um lado, Y vem pra outro, muda de lado muda o sinal, pra no fim fala que X é igual a zero?!?! Puta trabalheira pra porra nenhuma, fiquei puto, meti-lhe o cacete aí, mas bati com dignidade mesmo aí...
Verônica – Ah filinho, fica assim