petróleo
O composto que conhecemos como benzeno foi isolado pela primeira vez em 1825 por Michael Faraday que extraiu o composto de um gás obtido do óleo de baleia que era na altura utilizado para a iluminação pública em Londres. Dada esta sua origem, os químicos da época sugeriram o nome “feno” que tem a sua origem etimológica na palavra grega “phainei” que significa brilhar. Somente nove anos depois, em 1834, é que a sua fórmula molecular C6H6 foi correctamente determinada por Eilhardt Mitscherlich, que deicidiu chamar a este composto benzina dada a sua relação com o ácido benzóico (muito em voga na época). Só mais tarde o seu nome passou a ser benzeno. De entre todas as substâncias químicas, o benzeno figura como sendo uma das mais conhecidas e estudadas, sendo que a maior parte das substâncias com actividade biológica apresentam na sua estrutura o anel benzénico.
Como curiosidade temos que a estrutura cíclica do benzeno foi desvendada num sonho, pois mesmo após a sua fórmula molecular ter sido conhecida, não se tinha informação sobre a sua fórmula estrutural, pelo que, aparentemente, a relação H/C parecia estar equivocada. Só em 1865 Friederich Kékulé, químico alemão reconhecido pelo seu trabalho em química orgânica estrutural, sonhou a estrutura do benzeno, sentado na sua cadeira, enquanto estava intrigado com a estrutura deste. Teve assim um sonho em que uma serpente mordia a sua própria cauda, e desta ideia surgiu a primeira estrutura cíclica da química – o anel benzénico.
No benzeno, e em outros similares, a relação H/C é bastante baixa, sendo que no passado este tipo de compostos eram tipicamente encontrados em óleos produzidos por plantas, que possuíam geralmente um agradável aroma, daí a designação de aromáticos a estes compostos. Hoje, o termo aromático não leva em linha de conta a presença ou ausência de odor: para ser aromático o composto