petroleo
Tatiana Bautzer De Washington
As refinarias controladas pela empresa venezuelana PDVSA nos Estados Unidos devem atrair muitos interessados e podem alcançar preço de até US$ 10 bilhões, afirmam analistas do setor na América do Norte. A intenção de venda foi manifestada pelo presidente Hugo Chávez ontem. Cerca de 15% das importações de petróleo dos EUA vêm da Venezuela.
A empresa Citgo, controlada pela PDVSA nos EUA, é a quinta maior produtora de gasolina do país, tem receita anual de US$ 25 bilhões e uma rede de distribuição em 47 Estados americanos. A Valero Energy, uma das maiores operadoras de refinarias dos EUA, já declarou estar interessada nos ativos da Citgo. A companhia tem capacidade de refino de cerca de 900 mil barris diários e controla 100% de três refinarias de combustível, nos Estados de Louisiana (na cidade Lake City), Texas (Corpus Christi) e Illinois (Lermont) e duas refinarias de asfalto, em Nova Jersey (Paulsboro) e Geórgia (Savannah). Além disso, participa com 41% numa refinaria em Houston (Texas), em associação com a Lyondell. Separadamente, a PDVSA tem outra joint-venture com a companhia Amerada Hess numa das maiores refinarias do mundo, em St. Croix, Ilhas Virgens americanas, com capacidade de 495 mil barris diários.
Se o governo da Venezuela se decidir pela venda, o preço deve ser influenciado pela possibilidade de manutenção dos contratos de fornecimento de petróleo venezuelano à Citgo. Hoje a companhia tem contratos de longo prazo de fornecimento com a PDVSA. O contrato de fornecimento para a refinaria da Louisiana, de 120 mil barris diários, vence em 2006. Outro grande contrato, para a refinaria do Texas (130 mil barris diários) vence só em 2012.
Mas o analista de petróleo e gás da Standard & Poor's em Nova York, Ben Tsocanos, acredita que "haverá interesse de qualquer maneira, porque há muita demanda por refinarias nos EUA". O valor contábil dos ativos é