Pesquisa sobre análise do discurso
Origem do discurso Pecheuxtiano
O surgimento do discurso pecheuxtiano se deu na França em 1969, com a tese Analyse Automatique du Discours de Michael Pêcheux. Na época, Pêcheux trabalhava Laboratório de Psicologia no Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS). Em seu discurso, Pêcheux reflete sobre a história da epistemologia e a filosofia do conhecimento empírico. Seu objetivo foi de transformar a prática das Ciências Sociais. Focalizou o sentido, pois, é um dos pontos no qual a Lingüística se interrelaciona intensamente com a Filosofia e as Ciências Sociais, Pêcheux reorganiza esse campo de conhecimento. Pelo confronto do político com o simbólico, a Análise de Discurso que ele propõe levanta questões para a Linguística, interrogando-a pela historicidade que ela exclui ao centralizar seus estudos na estrutura da linguagem, e, do mesmo modo, contrapõe a Línguística às Ciências Sociais questionando a transparência da linguagem sobre a qual elas se sustentam. Através desse questionamento à transparência da linguagem no campo das Ciências Sociais, Pêcheux critica o fato de que elas são indivisíveis, estão em continuidade com a ideologia que as funda.
O discurso é definido por este autor como sendo efeito de sentidos entre locutores, um objeto socio-histórico em que o linguístico está pressuposto. Ele critica a evidência do sentido e o sujeito intencional que, na época, era relacionado à origem do sentido. Também em contraste com correntes estruturalistas, Pêcheux considera a linguagem como um sistema capaz de ambigüidade e define a discursividade como a inserção dos efeitos materiais da língua na história, incluindo a análise do imaginário na relação dos sujeitos com a linguagem. Dando um novo suporte teórico para a ideologia, seu método é baseado na análise de formas materiais. Pêcheux não separa categoricamente estrutura e acontecimento, relacionando a linguagem a sua exterioridade, ou seja, o interdiscurso. Ele define este como memória